As
obras de Kafka são conhecidas pela mistura de realidade com uma ficção que as
vezes chega a ser absurda. Sua escrita é marcada por uma combinação de
tranquilidade e imparcialidade, é atencioso em cada detalhe e costuma incluir
personagens que se sentem perseguidos e alienados.
A
Metamorfose foi escrita em 1912 (mesma época da Primeira Guerra Mundial).
Gregor Samsa é o protagonista da história, representa um homem forte e
responsável, ele trabalha como caixeiro viajante, uma profissão bem comum para
as pessoas da classe trabalhista da época. No início da obra, a rotina do protagonista é
retratada com a seguinte passagem: “… Gregor tinha o costume de dormir do lado
direito, e seu estado atual não lhe permitia adotar essa postura”. (p.17), no
entanto a sua rotina chega ao fim quando ele sofre a metamorfose.
Gregor
estava acostumado a "carregar a sua família nas costas" e ele não
conseguia dar conta de seu trabalho, ele vivia oprimido pela sua família e por
seu patrão por conta dos débitos de seus pais. Em um certo momento ele
apresenta uma crise existencial, religiosa and racional, isso pode ser
considerado como emblemático, se nós considerarmos isso uma "crise da
modernidade". Ele grita com Deus, reclama do seu trabalho, da viagem, da
comida, e fala sobre os relacionamentos que nunca duram.
“Meu Deus!”,
pensou então “Quão trabalhosa é a profissão que escolhi (...) a comida sempre
ruim, irregular; relações que não duram nunca (...) e nas quais o coração nunca
pode ter participação. Ao diabo tudo isso!” (p.18)
Apesar
de Gregor considerar seu chefe um tirano, um explorador, ele se deixa levar
pela tirania do patrão para diminuir o débito de sua família. Após a sua
metamorfose, a todo o tempo a sua família e a criada se referem a ele como
“inseto” ou “monstro”, isso constrói uma ideia de uma sociedade imunda em que
ele é obrigado a rastejas, implorar para sobreviver. “A irmã percebeu imediatamente o novo
entretenimento de Gregor – talvez deixaste este ao trepar aqui e ali rastro de
sua baba”. (p. 40). Então, a jovem tem a ideia de afastar todos os móveis
do quarto de Gregor; ela acreditava que isso seria melhor para seu irmão
se arrastar por todo o quarto. Mas não era isso que Gregor queria, pois seu
quarto estava vazio, escuro e mais uma vez a solidão era sua companhia. Gregor
não queria se libertar do passado, o que na verdade, o definia como ser humano.
“(…) Tudo tinha
de permanecer tal, e qual; não era possível prescindir da benéfica influência
que os móveis exerciam sobre ele” (...) “Esvaziavam o seu quarto, tiravam-lhe
tudo o que ele amava”. (p. 42-43)
Sua
irmã se chamava Grete; ela é a única que pessoa que mantinha contato com
Gregor. Ela tem 17 anos, uma criatura jovem bonita e delicada. “Na sala
contígua da direita começou a soluçar a irmã” (p. 24). Grete sabia que havia
algo errado com ele, então ela começou a chorar. Grete é um tipo de porta voz
entre Gregor e seus pais, mas ela nunca fala diretamente com ele porque todos acreditam
que ele não é capaz de entender.
Toda a afeição que Grete aparentava ter por seu irmão havia desaparecido, e ela
começou a se sentir mal e até a sentir medo dele. Antes de tudo acontecer, ela
se preocupava com seu irmão, mas quando ele deixa de ser humano, ela
descarregou a sua raiva para com seus pais se referindo a Gregor como um peso a
ser carregado, se esquecendo que ele também era parte da família.
“Diante deste
monstro, não quero nem pronunciar o nome de meu irmão; e portanto apenas direi
isto: é forçoso tentar livrar-nos dele”.(p. 57)
Como
Gregor havia parado de trabalhar após a sua metamorfose, toda a família começou
a trabalhar, inclusive Grete que, “corria daqui pra lá conforme os clientes
exigiam” (p.49). O pai começou a trabalhar em um banco, e a mãe começou a
costurar para fora. Depois da morte de Gregor, seus pais veem na beleza
de Grete uma maneira de obter um bom futuro através de um eventual casamento.
O
pai representa um homem autoritário, ele manipulava o seu filho para que os
desse suporte. O tom de voz e a ideologia fazem os outros membros da família
servirem a ele.
“Mas o pai
finalmente com um não que não admitia réplica, e não falava mais do
assunto”. (p. 36)
(...) e traçando
uma curva cruzou toda a sala, dirigindo-se com o rosto severo para Gregor
(...). (p. 46)
Para
Gregor, seu pai era um homem velho e incapaz de trabalhar. Gregor pensava que a
sua família era desamparada, então, ele os dava suporte. Essa ideia foi
descartada quando todos começaram a trabalhar.
Sr.
Samsa era um homem agressivo com seu filho (depois da metamorfose) certo dia,
ele ameaçou Gregor com o punho (p.27) e ele o agrediu novamente com algumas maçãs
que o machucou seriamente. “Gregor,
amedrontado, não se moveu; era inútil continuar correndo, pois o pai tinha
resolvido bombardeá-lo” (p.47). Apesar de uma maçã não ser um personagem, a
fruta tem uma importância significativa. De acordo com a Bíblia, ela representa
o "pecado original". Em A Metamorfose ela também pode ser vista da
mesma forma, uma vez que a maçã foi utilizada como uma ferramenta para matar
Gregor.
Outro personagem
importante é a mãe, porque diferente do pai, ela representa, a fragilidade da
mulher, ela é submissa ao seu marido e vive apenas para a família. Essa
fragilidade é mostrada quando ela diz sofrer de asma (p. 38) e a todo o tempo
ela fala sobre o filho. Com a transformação de Gregor, sua mãe ficou assustada,
no entanto ela ainda tinha esperança que ele voltasse a ser humano, e dessa
forma, ocupar sua posição de defensor da família.
“Eu acredito que
o melhor seria deixar o quarto como antes a fim de que Gregor, ao voltar outra
vez para nós, encontre tudo no mesmo estado (...)”. (p. 41)
Uma
coisa em comum entre os pais de Gregor e sua irmã é que eles são tratados
apenas por substantivos comuns da família: pai, mãe e irmã no início da obra,
mas a medida que a história se desenrola ele começa a ser chamados por seus
nomes próprios. A primeira pessoa a ser tratada por nome é Grete, então, Sr. e
Sra. Samsa, enfatizando que os pais de Gregor são referidos apenas pelo
sobrenome. Essa parte é muito importante porque eles são
"humanizados" pelos seus nomes, mas eles perderam a sua humanidade
por causa de suas atitudes frias com Gregor.
A
medida que o tempo passa, a família Samsa recebe três tenentes em sua
casa, eles representam a burguesia, eram homens ilustres da sociedade.
Eles ficaram em um quarto disponibilizado pelos Samsa. A família evitava que os
hóspedes tivessem contato com Gregor, por causa disso, a porta de seu quarto
permanecia fechada. (p. 53). A noite, após o jantar, os hospedes escutavam
Grete tocando violino se surpreenderam quando Gregor apareceu e se aproximou
vagarosamente. Um dos homens queria ter certeza que eles não pagariam pelo
tempo que passaram na casa e ameaçou processar o Sr Samsa. (p.56). Com isso,
podemos ver a influência da sociedade no ser humano, enfatizando que um dos
três homens se pronunciou oralmente, o que parecia ser o mais confiante dos
três.
A
família Samsa, apesar de seu status social, tinha uma criada, que foi
substituída por outra, pois a primeira ficou com medo de Gregor e implorou para
ser demitida. (p. 35). A criada representa a classe pobre, e ela segue grande
parte da história de Gregor (a segunda criada). Primeiro, ela também sente medo
dele, mas então ela começa a se sentir confortável com ele. “Não sentia para
com Gregor nenhuma repulse propriamente dita” (p. 51). A criada chamava Gregor
de “pedaço de animal”; ela achava que essas palavras eram meigas para
serem usadas com ele (p. 51), mas ele não gostava desse tratamento, uma vez ele
se voltou na intenção da ataca-la por isso. No entanto, as atitudes da criada
deixaram claro que ele não a assustou.
“Ela,
porém, em vez de assustar-se, levantou simplesmente para o alto uma cadeira que
estava junto a porta (…) – Então, não vamos adiante? – perguntou ao ver que
Gregor retrocedia. E tranquilamente tornou a colocar a cadeira no canto”. (p. 52)
A
criada foi a primeira pessoa a ver Gregor quando ele morreu, isso foi em uma
manhã, quando ela foi visita-lo, como de costume. Ela deu a notícia da morte de
Gregor com a mesma indiferença que a família recebeu a notícia.
“-
Ei, vocês, vejam, arrebentou! Aí está o que se chama arrebentado.”
(...)
“-
Bem – disse o Sr. Samsa -, agora podemos dar graças a Deus”. (p. 60)
O
último personagem que aparece é o gerente, na posição do patrão de Gregor. Ele
representa, assim como os tenentes, a classe burguesa. Ele é um homem que se
importa muito com dinheiro, e quando percebe que seu funcionário não foi
trabalhar, vai buscar o mesmo em sua casa.
O
patrão sabia que Gregor não estava se sentindo bem, no entanto, ele disse para
o Sr. Samsa, de uma forma irônica, que um comerciante precisa tirar a
indisposição em nome do trabalho. (p. 23). Antes disso ele disse: “Todos os homens são sadios, e apenas padecem
do horror ao trabalho”. (p. 20) Todo seu esforço em conseguir dinheiro, e
pela sua visão de trabalho nos mostra que o gerente é um homem capitalista. Ele
não aceitou a justificativa de Gregor sobre sua ausência no trabalho, por isso,
ele o explorava e o tratava como um animal. Deste modo, é mostrada a posição
social do gerente (superior) e do empregado (inferior).
A
família de Gregor também sabia que o mesmo não estava se sentido bem, mas foi o
gerente quem primeiro notou as diferenças em seu empregado “– É uma voz de
animal - disse o gerente, que falava em voz extremamente baixa, comparada com a
gritaria da mãe” (p. 26) Apesar da maneira que o patrão de Gregor costumava
tratá-lo, ele se assustou e fugiu ao ver o e pregado já transformado.
Finalizando,
Gregor era pressionado por todo lado, tanto em sua casa quanto em seu trabalho.
Sua vida de responsabilidades o tinha privado de diversão, ele vivia
isolado, sua única preocupação era a família. Através do personagens de A Metamorfose
nós podemos notar a desigualdade social , o “sonho de liberdade”, como a
sociedade é podre e apenas aprecia o que lhe é útil.
Referências
DUARTE,
Diogo. A Metamorfose, Franz Kafka. Disponível em: http://orgialiteraria.com/2006/05/metamorfose-franz-kafka_04.html.
Acesso em: 01 jan. 2009 às 15h30min.
KAFKA,
Franz. A metamorfose. São Paulo: Martin Claret, 2002.
SCHOLES,
Robert. The elements of literature: Essay, Fiction, Poetry, Drama, Film:
New York: Oxford University Press, 1991.
Parece ser uma história muito boa e interessante, o mais incrível é que conseguiram captar tudo isso. Ótima análise ❤
ResponderExcluirQue bom que você gostou. Obrigada pelo comentário, continue passando por aqui, ainda vai ter muita coisa legal.
ExcluirBeijinhos.
Oi!! Achei a história um tanto complexa, porém reflexiva. O personagem principal, Gregor, é de tamanha essência para fazer isso tudo funcionar. Pelo que percebi tbm, devido a época que foi escrito, deve possuir uma linguagem bem formal.
ResponderExcluirMuito bom o texto, Ilau. Parabéns.
O Que Eu Ando Lendo
É sim, tive reler várias vezes pra identificar algumas características. Mas a verdade é que o contato que já tive com as obras de Kafka mostrou que são todas assim, complexas. Tem que ir na essência mesmo... Obrigada por comentar e volte sempre!!
ExcluirGostei muito da resenha e fiquei curiosa para conhecer melhor Gregor haha.
ResponderExcluirBjos
Obrigada, o livro é pequeno, mas a leitura é um pouco cansativa porque não tem muita ação, mas é uma ótima obra. Indico.
ExcluirOiii..
ResponderExcluirAmei sua análise, sempre ouvi falar desse livro e muito também do autor, sempre muita curiosidade em ler alguma coisa dele, mas nunca tive mesmo a oportunidade, não sei por falta de tempo ou mesmo preguiça, kkk. Sua análise me fez querer mais do que nunca agora. Espero poder ler em breve!
Beijos
A primeira vez que o lí foi por obrigação da faculdade, mas depois reli por vontade e me surpreendí porque gostei muito, diferente da primeira vez. Leia mesmo, vale a pena.
ExcluirNossa que livro complexo, parece ser bem interessante! Acredito que tenha que ler com muita atenção para não se perder né?!
ResponderExcluirParabéns pela escrita!
http://conchegodasletras.blogspot.com.br/
Sim sim, é necessário bem que uma simples leitura para identificar os aspectos da obra.
ExcluirObrigada, volte sempre, teremos muita coisa legal por aqui.
Nossa que analise, parabéns muito bem feita, o livro parece ser muito interessante, porem não me atrai ao ponto de ler, ainda mais com tanta leitura atrasada, rsrs. Quem sabe um dia não e mesmo?
ResponderExcluirBeijos
Books And Carpe Diem
Obrigada, fi com todo carinho para vocês. Após colocar sua leitura em dia, leia-o você vai gostar. Abraços.
ExcluirOi.
ResponderExcluirMinha mãe sempre me falou desse livro com asco, por causa da barata e por isso nunca me interessei pela obra. Eu não sabia que tinha tantas questões de humanidade, sociedade e família envolvida. Achei maravilho que após a metamorfose todos passaram a trabalhar e a serem tratados pelos próprios nomes. Isso é muito verossímil, você faz tudo por quem você ama, e esse amor se transforma em peso à medida que as pessoas deixam de ser gratas pelo que você faz e passam a simplesmente partir do suposto que é sua obrigação. Assim você deixa de viver, deixa de ser você mesmo.
Sério, eu amei!
Beijos,
Mariana Baptista
umavidaporlivro.wordpress.com
Pois é, a questão desse livro é exatamente porque não fazer sentido o fato dele se transformar num inseto (que na verdade, eles nem afirmam sr uma barata, a gente apenas acredita que seja porque algumas descrições batem). O livro é bem interessante, indico!
ExcluirObrigada por passar aqui. Volte sempre!
Tem uma animação baseada nesse livro, ambos são incríveis. Kafka consegue perpetuar até nos dias de hoje. Carta ao pai também é um livro fantástico, que prova o quanto ele tinha propriedade em determinados assuntos. Resenha muito boa! :)
ResponderExcluirhttp://www.notinhasderodape.com.br/
EU vi essa animação há muito tempo, nem lembrava mais dela, mas agora que você comentou vou procurar aqui no youtube.
ExcluirObrigada pelo comentário, volte sempre.
Não conhecia. Parece ser uma excelente leitura, um pouco complexa, adoro isso rs
ResponderExcluirMe interessou, provavelmente lerei!
Beijos
Dri
Complexa sim, e a leitura é bem gostosa. Leia mesmo.
ExcluirObrigada por comentar, volte sempre.
Nossa, tanto tempo que li Kafka, pelo menos 30 anos. Mais ou menos na mesma época de 1984 e Revolução dos Bichos. Não serei saudosista e direi que já se escreveu melhor no passado. Acho que eu tinha capacidade de ler coisas mais interessantes. Ótima resenha, acredito que as pessoas precisem se voltar para a literatura clássica para ter uma boa formação como leitores.
ResponderExcluirbjss
Bel Góes - http://conchegohot.blogspot.com.br/
A literatura clássica é de fato uma ótima maneira de formar bons leitores.Obrigada pelo comentário, volte sempre.
ExcluirOi!
ResponderExcluirTudo bom?
Sempre que leio resenhas sobre esse livro tenho a impressão de Gregor ser confuso, talvez esteja enganada. Os alpinismos da sociedade não mudam, percebe-se pela sua resenha que os cidadãos do passado continuam sendo o mesmo e que o favorecimento ainda é moeda de troca para a coletividade. Uma reflexão composta por você na sua análise é memorável, no momento em que não sem tem mais "escombros" todos procuram uma forma de sobreviver e nessa família a circunstância não foi diferente.
Beijos!
Obras como essa, escritas a tanto te mas que ainda nos mostram atividade no presente, nos fazem repensar nosso modo de vida. Obrigada por comentar e volte sempre.
ExcluirNossa, quanta coisa. Ainda estou absorvendo as informações proque você fez uma análise perfeita e muito completa e da mesma forma não foi nada difícil compreender o que voc~e quer falar. Acredito que é uma questão de um personagem que era oprimido na época e que não conseguia se relacionar facilmente, principalmente pela época ao qual se passava. Muito bom!
ResponderExcluirBeijos,
Greice Negrini
Blogando Livros
www.amigasemulheres.com
Muito obrigada pelo "análise perfeita" rsrs. Acho que você conseguiu absorver a ideia principal da obra. Obrigada pelo comentário e volte sempre!
ExcluirLi esse livro ano passado, confesso que não é uma leitura fácil e requer muita atenção. Estou pensando em reler e ter uma nova visão sobre o livro e a história. Sua análise deixou muito esclarecedor e excelente post
ResponderExcluirTenho certeza que quando você reler ter´uma visão bem mais ampla e aguçada. Que bom que a análise ajudou. Obrigada por comentar, volte sempre!
ExcluirOiee
ResponderExcluirEu tenho vontade de ler esse livro, parece ser mesmo um tanto complexo, pra ler com calma e atenção.
Muito bom o post, gostei da sua análise.
Fernanda
http://pacoteliterario.blogspot.com.br/
Leia mesmo, ele é muito bom.
ExcluirObrigada pelo comentário e volte sempre!
Oiee!!!
ResponderExcluirPela sua resenha parece ser um livro bem complexo e tive a impressão de que vou ficar confusa durante a leitura!!
Por parecer ser uma leitura densa e cansativa eu vou passar a dica pro enquanto, não estou no momento para ler algo que consome tanta energia!!
Mesmo assim, sua resenha ficou ótima e deixou bem claro os pontos importantes do livro!!
Parabéns!!
Beijos!
O livro é complexo sim, mas não dá pra se perder não. Dá pra se situar direitinho. Eu super indico.
ExcluirObrigada e volte sempre!
Oii, adorei sua análise, o livo me pareceu um pouco complexo, mas me interessei bastante, com certeza ele vai pra minha lista de livros que quero ler esse ano.
ResponderExcluirBeijos.
Que bom que você gostou.
ExcluirCom certeza esse livro vai te fazer ver muita coisa de forma diferente.
Obrigada por comentar. Volte sempre!
Oooi! Eu já li uma resenha desse livro, e achei a ideia bem diferente do que somos acostumados, não é? Achei interessante, mas não sei se leria realmente.
ResponderExcluirParabéns pela crítica!
Beijos, flor :D
Ele é bem diferente sim, aparentemente é um livro chato, mas super vale a pena lê-lo.
ExcluirBeijos e obrigada por comentar.
Oiiie
ResponderExcluirPoxa, que legal a resenha e parece ser uma leitura apesar de diferente do que leio, gostei
BEIJOS
http://realityofbooks.blogspot.com.br/